Apreensão aconteceu nesta quinta-feira (20), em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.
Canetas de Mounjaro e Ozempic, medicamentos usados para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, foram apreendidas em uma clínica particular, nesta quinta-feira (20), em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.
Conforme informações que a Prefeitura de Vitória da Conquista passou ao g1, a apreensão ocorreu após uma denúncia de venda irregular de medicamentos em uma unidade de saúde.
A operação de busca e apreensão foi conduzida pela Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista, com o apoio da Polícia Federal e do Conselho Regional de Farmácia (CRF).
De acordo com a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, a comercialização de medicamentos é exclusiva de farmácias, drogarias, postos de medicamentos, unidades volantes e dispensários autorizados.
O Mounjaro, cujo princípio ativo é a Tirzepatida, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como tratamento para diabetes tipo 2. No entanto, devido à sua ação sobre hormônios relacionados à digestão e saciedade, muitas pessoas o procuram com o objetivo de perder peso.
A comercialização de Mounjaro no Brasil é proibida, e sua importação só pode ser realizada por pessoa física, mediante receita médica. Já o Ozempic, que possui como princípio ativo a semaglutida, é liberado para venda no país. A semaglutida age substituindo o hormônio GLP-1, naturalmente produzido pelo intestino, ajudando a pessoa a se sentir mais satisfeita, o que pode reduzir em até 30% a 40% o consumo de calorias, dependendo da dosagem.
De acordo com Maicon Mares, coordenador da Vigilância Sanitária, além do Mounjaro e Ozempic, que estavam sendo comercializados de forma irregular, também foram apreendidos medicamentos manipulados. Contudo, a clínica não foi interditada.
Mozália Monteiro, fiscal do CRF, informou que foram encontrados diversos medicamentos manipulados, controlados pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, produzidos em farmácias de São Paulo em escala industrial, destinados a uma única pessoa.
“Isso é ilegal. O medicamento magistral deve ser preparado em farmácias de manipulação com prescrição médica para um tratamento específico, e não pode ser replicado”, ressaltou a fiscal do CRF.
Foto: Prefeitura de Vitória da Conquista
Fonte: IBahia